Ponto de equilibrio

Porque é que eu mudo?
Sinto tanto a fugir de mim...
Para onde foi a minha espontaneidade? e a frontalidade?
Queria escrever, opinar, falar, mas só sinto que não devo e sinto todas as possíveis barreiras. Não queria ser comedida em nada, queria definitivamente ser diferente.
Hoje sinto, penso, amo, odeio, tudo até a exaustão.
Mas não posso...porque já não sou como queria.

As tradiçoes

A época natalícia ainda agora acabou e já me apetecia sentir o cheiro da consoada de novo. O dia passado entre risadas e brincadeiras familiares...
Todos à molhada dentro da cozinha, o dia é passado a fazer os docinhos (todos típicos)...a lambuzarmos-nos, a ver quem fica com a colher de pau para lamber ou com o tupperware, e a reclamar para não se usar o Salazar para ficar mais restinhos.
Gosto de repetir todos os anos os mesmos hábitos, o decorar da árvore, o presépio, o musgo...o abrir das prendas todos a meia-noite.
O dia onde os cepos de lenha são enormes e a luz da lareira ilumina e aquece de uma forma tão acolhedora.
E é assim, há épocas que valem pela vida.