Sabes de que me lembrei?
De um devaneio teu. Devaneio num dia em que me olhaste com ternura mas com um olhar firme. Eu senti-te diferente, acanhado, até envergonhado. Passados breves segundos percebi que ias dizer algo relacionado com os teus sentimentos, algo que por muito que possa parecer banal eu sei o quão difícil para ti é, e sempre foi, falar de dentro. Mas nesse momento fizeste-me a confissão mais bonita e simples. Foi uma simplicidade fascinante, quando muito se quer dizer, muito de fantasia e pouco se diz. Eu assim vi-te a alma, transparente e aberta.
"Sabes, sempre fui uma pessoa que passava bem sem afectos, nunca senti saudades de ninguém, mas agora preciso de ti, fizeste-me sentir falta de alguém"...
Encolhi-me, peguei no teu rosto, encostei-o ao meu peito. Eu que muito falo, fiquei sem que dizer.
Para mim foi muito mais do que as palavras palavra-a-palavra, sei que te rasgaste do mais fundo que há em ti...
E não mais me esqueci.
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Como é curioso hoje ler este texto, pleno de um sentir que tão bem conheço e reconheço em mim e no outro.
ResponderEliminarUm momento que é descrito com uma simplicidade e beleza ímpar, em que conseguimos visualizar o momento e até ouvir cada palavra, porque estas mesmas palavras vivem em nós, habitam a nossa alma, sentimo-las a cada pulsar.
É impossível esquecer um momento como este, palavras como estas, e este gesto que toca cá dentro, bem fundo.
Obrigada e estarei por aqui :)
Tenho um presente num dos meus espaços, no www.atomovida.blogspot.com, é só ir buscar :)
ResponderEliminarBjnhs com muita Luz