Meu coração de criança

O meu coração ainda é de criança, não se cansa de ter esperança.
Sonha, sonhos sem fim...
Quer guardar e agradar o mundo, como se o mundo fosse possível de guardar...e de agradar? Inimaginável.
A sua volta tudo deveria ter luz, magia e risos... Para viver precisa dessa oxigenação num belo dia (será tão insólito?).
Na verdade vive tanto de ilusões, que as vezes fecha os olhos e chora, um choro sem fim.
Sente falta quando o largam, quando não o desejam e tenta contornar o incontornável.
Quer ser alguém melhor, para que seja sempre aprovado (são só desejos naquelas veias!)
Mas as vezes um vulto de mulher desperta o meu coração de criança, e quer abanar-me, dizer-me que o que se perdeu já não volta mais...
O meu coração ainda salta, meu coração vagabundo, ainda julga ser capaz, vai caminhando e cantando pela estrada enquanto houver sentidos, saídas, mesmo que com curvas e contracurvas, desde que não ande as avessas...

Agora com o vulto de mulher escrevo que o mundo não me pertence, que não posso ter o mundo embalado no seu regaço.

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