Fomos rio, Somos mar

Ainda me lembro tão minunsiosamente de quando eramos um rio, caminhavamos juntos, tinhamos o nosso percurso defenido, sempre calmo, harmonioso, sem desavenças nem conflitos, seguiamos o nosso leito, lado-a-lado, não passavamos sozinhos, nem a leve ondulação.

Mas algo nos atraiçoou, sentimos vontade de não sermos mais um rio, que passa com pouco animo e vontade, queriamos ser o mar, percorrer caminhos mais longos e distantes, onde só não se perde com o movimento quem conseguir manter-se agarrado. Quem não se desprender nem por breves segundos. Sentimos o apelo, a necessidade de algo que exigisse mais de nós, que nos fizesse lutar, o calafrios o aperto já sentiamos, o amor estaria a chegar sem darmos conta.

Como já iamos no caminho fluvial, já tinhamos passado tantos canais, não podiamos parar, o rio tem de desaguar, nem as pedras que atropelavam nos conseguiram travar e sei que separados tinhamos batido em todas as pedras e nunca teriamos sido o mar. E não podiamos jamais ter desaguado em oceanos diferentes, o meu corpo já só pedia da tua água.

Foi ai que demos as maõs, e ficamos sendo o mar. O mar tem muitos obstáculos e enquanto conseguirmos ser o mar, precisamos de estar sempre de maõs dadas, o mar balança, por vezes agrestemente, por vezes harmoniosamente.
O nosso segredo, para as grandes ondulações vai resultar sempre. Vamos para o nosso esconderijo, onde o sol de põe e com ele trás um terno beijo.

Agora te peço para me deixares sempre morar a teu lado..porque sou de ti. O amor chegou, encontrei a minha paz.




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