Efemeridade da vida

Só hoje, sim, só hoje dei conta da efemeridade que é isto a que chamamos vida.
Todos temos um fim, é mais que certo e sabido, mas porque é que é sempre nas alturas impróprias? Talvez porque nunca haja a altura próporia, nunca paramos, estagnamos e dizemos "Agora sim, estou pronta para morrer". Também se assim fosse não faria sentido. A Vida/Morte não são mais que contrariedades.
E porque é que tendo, nos, consciência da terna linha da vida conseguimos adormecer aborrecidos, sem tudo conversado?
Quando estivermos despidos de tudo, já não há possibilidade de diálogo, no máximo um monólogo solitário.
As vezes pensando e sussurrando somente a palavra, levanta-se logo burburinho, pois só de pensar perde-se o sentido da vida. E há sempre, em qualquer sitio, alguém que levanta a voz e exclama: "Não falemos disso!", até se tem medo de dizer a palavra tão temida e fria - "Morte".
Mas, efectivamente, que a morte pode mais do que todo o resto, reorganizar a vida.

Faz pensar, talvez mudar.

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